quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Ah, querida...

Ah, querida, eu sinto muito.
Quis mudar por um instante,
mas sou mesmo tão inconstante.
Ah, querida...

Lembra-se de como era antes?
Você e eu no terraço do prédio
Eu, e você meu remédio
E agora o que sobrou?

Ah, querida, eu sinto tanto.
Foi a nossa última balada de amor,
e nos desencontramos na despedida.
Por que é assim que acontece?

Ah, querida, eu sinto muito.
Por não ter mudado as coisas
com a rapidez que prometi e
por não ter morrido junto com
as promessas que não cumpri.

Ah, querida...
Eu sinto muito por me sentir assim.
Mas você sabe que também quebrou
a melhor parte de mim.

Ah, querida, eu sinto tanto.
Minha doce amiga e velha amante.
Quis mudar de novo por um instante
e o que foi te aconteceu?

Mas querida, não se preocupe.
Eu sei que você também sente muito.
A parte boa minha em ti morreu
E de repente tudo se transformou


Ah, querida.
Quanta coisa mudou nessa vida.
e quanta alegria virou lamento.
Mas como dizia Cora Coralina
“Nunca pra mim seu vulto se perdeu no esquecimento”. 

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