terça-feira, 14 de maio de 2019

120 dias ou algo assim...

Notei nos olhos dela
um brilhantismo esquecido

Esqueci-me então
do que em mim estava dolorido 
Dancei com os meus lábios
Um meio sorriso dado, pois
Eu nunca fui capaz de bailar 
Ao menos eu aprendi a beber
Saiba que beberia até o nascer
do sol ao te beijar
Abracei-a forte como se
não admitisse perde-la
Atirei uma pedra como se
pudesse derrubar uma estrela
Só para que ela se tornasse cadente
De repente o que se sente supera a razão
E ninguém entende os assuntos do coração
Se a estrela caísse eu então pediria 
Seu gosto, seu som, seus risos 
Na manhã de cada novo dia 
O rumo certo para um homem perdido
Então por que não
fica exatamente onde está?
Tenho duas garrafas de vinho
Podemos dormir aqui no sofá 
Embriagado por ilusões insensatas
Alegro-me com distâncias que me matam, pois
ainda não são impossíveis de serem alcançadas
Então eu corro, morro, retorno, 
Morno, esfrio, esquento, morro,
De novo retorno, reformo, percorro
Estradas que fazem algum sentido
Quero mesmo que você saiba
Ainda que tudo soe parecido 
Te tenho em estima alta
Eu sei que é brega, mas 
sou feliz por ter te conhecido 
Ontem mesmo senti sua falta...

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